EM FOCO
No final do ano passado – dia 20 de dezembro – completou 30 anos da inauguração da Praça do Ferreira. Na verdade, queremos dizer que, esta praça foi reinaugurada após uma longa reforma. A reinauguração ocorreu numa noite de sexta-feira, na presença de muitos fortalezenses sob a administração do prefeito Juracy Magalhães. O projeto arquitetônico, assinado por Fausto Nilo e Delberg Ponce de Leon.
Desde 1871, que aquele espaço (um largo de areia) possuía esse nome em homenagem ao político Antônio Rodrigues Ferreira, o famoso boticário Ferreira. E já se vão 150 anos deste “batismo”. Ao longo do tempo, passou por mudanças significativas em 1902, 1920, 1933, 1967 (aquela reforma que ficou conhecida pela instalação de estrutura de concreto, jardins suspensos e a derrubada da Coluna da Hora e do Abrigo Central) e a última, cujo desenho arquitetônico se mantém até hoje.
Com a reforma de 1991: o poço ficou descoberto, uma fonte de água foi instalada, a Coluna da Hora voltou e a parte da Major Facundo transformou-se em continuação do calçadão da praça. A instalação dos quiosques, postes, jardins e bancos de madeiras faziam referência a elementos do logradouro em outras épocas. Era a união de elementos do passado com uma proposta moderna.
Lucas Salri
Luca Salri, responsável pelo perfil [@centreiro], é formado em Cinema pela UFC e que nas horas vagas é professor de História.
No final do ano passado - dia 20 de dezembro - completou 30 anos da inauguração da Praça do Ferreira. Na verdade, queremos dizer que, esta praça foi reinaugurada após uma lunga reforma. A reinauguração ocorreu numa noite de sexta-feira, na presença de muitos fortalezenses sob a administração do prefeito Juracy Magalhães. O projeto arquitetônico, assinado por Fausto Nilo e Delberg Ponce de Leon.
Desde 1971 que aquele espaço (um largo de areia) possuía esse nome em homenagem ao político Antônio Rodrigues Ferreira. E já se vão 150 anos deste "batismo". Ao longo do tempo, passou por mudanças significativas em 1902, 1920, 1933, 1967 (aquela reforma que ficou conhecida pela instalação de estrutura de concreto, jardins suspensos e a derrubada da Coluna da Hora e do Abrigo Central) e a última, cujo desenho arquitetônico se mantém até hoje.
Com a reforma de 1991: o poço ficou descoberto, uma fonte de água foi instalada, a Coluna da Hora voltou e a parte da Major Facundo transformou-se em continuação do calçadão da praça. A instalação dos quiosques, postes, jardins e bancos de madeiras faziam referência a elementos do logradouro em outras épocas. Era a união de elementos do passado com uma proposta moderna.
Dez anos após sua reinauguração, naquele logradouro de 7.603 metros quadrados foi declarado Marco Histórico e Patrimonial de Fortaleza. Ícone da cidade.
Praça do ferreira, do vento que gira e se esconde sob as asas dos pombos, dos moradores em situação de rua, dos pipoqueiros e dos grevistas, do São Luiz, dos bancos ocupados, suas árvores, da Coluna da Hora, das edificações em sua volta.
Passados 30 anos, é evidente os problemas estruturais da praça. Estruturais e sociais! Não se trata meramente de uma revitalização do espaço (algo que é necessário).
Trata-se também de pensar e organizar a ocupação do espaço, bem como refletir e solucionar os problemas dos moradores em situação de rua que ocupam aquele lugar. Pena que o zelo por aquela praça é visível somente no final do ano. Pois é, o Natal de Luz só acontece no natal. É evidente que seus problemas refletem os problemas do Centro e da própria cidade.
Independente das mudanças que virão (ou o agravamento dos problemas que existem hoje), a Praça do Ferreira foi, é e continuará sendo o principal palco da cidade para suas manifestações políticas, culturais e religiosas. Todo festejo é bem acolhido por ela. Espaço pulsante, a memória da cidade passou, passa e vai passar por ali.
Nos vemos no aniversário de 200 anos da praça!