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AFINAÇÕES ACÚSTICAS

Arte para Colorir os Dias

Em tempos de pandemia e de isolamento, manifestações artísticas reverberam pelas telas, transformando caos em poesia.

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Rebeka Lúcio

Rebeka Lúcio [@rebekalucio] Atriz-pesquisadora, apresentadora, produtora cultural, viajante: contadora de histórias. Mestre em Artes.

   De repente, um surto. Pandemia. Lockdown. Isolamento social. O coronavírus atravessou fronteiras e modificou diferentes realidades. O ano de 2020 surpreendeu muita gente e trouxe à tona a fragilidade da vida, tendo em vista o número de despedidas provocadas pela Covid-19 que se multiplicou pelo mundo.

   Nesse ínterim, até mesmo os mais planejados tiveram que rever a agenda e se reorganizar, ao se defrontar com um elemento surpresa que exigia muito mais do que improviso.

Em diferentes países, as máquinas pararam e as aulas nas escolas foram suspensas. Com a repercussão do efeito do vírus e do seu impacto negativo, o uso de máscaras tornou-se obrigatório e o álcool em gel começou a se tornar escasso em diferentes estabelecimentos.

I n s t a g r a m  d o s  a r t i s t a s  e m  o r d e m  d e  a p r e s e n t a ç ã o :
@ e m i s c h r a m m ; @ l u c a p i s t r a n o _ o f i c i a l ; @ t r i p r i c k h e m p ; @ j a c k i e x m u s i c ; @ b a r c o v e l h o o f i c i a l ; @ m i l l a m i r a i s 6 ;
@ t o r y e t e i x e i r a ; @ d a n n . c a m p o s ; @ p a u l o k a l u o f i c i a l ; @ a l a n k a r d e c f i l h o ; @ _ _ _ _ _ v i n a ( V i n í c i u s M e s q u i t a ) ;
@ e r i c a . a l b e r n a z ; @ j o t a e l e v i e i r a ; @ l i d i a m a r i a . o f i c i a l ; @ s a m u e l r o c h a 7 c o r d a s ; @ g a i a . c a n t o r a ; @ q u e _ o p s ;
@ j o r d g u e d e s . o f i c i a l ; @ c a f e e c o r p o s ( J u l i a n a C u n h a ) ; @ r i a n r a f a i e l ; @ c o r d a o d e f l o r ; @ j e s s c a r s a n ;
@ f c o d a c o s t a ; @ t h a m i u k e ( T h a m i r e s N e v e s ) ; @ h o n o r a t o r a u l ; @ o v e l h o b a t u t a , @ t i a g o m a d e e @ t i a g o k e m p e r .

Procedimentos de higiene básica foram muitas vezes repetidos e teve quem reaprendesse até a lavar as mãos.

   A superlotação de hospitais virou manchete de muitos jornais com a Pandemia e os cuidados com a saúde física tornaram-se ainda mais vitais este ano. A rentabilidade e a crise econômica com a paralisação do comércio também fomentaram diferentes debates, mas, em meio a tantos temas, outro também se pincelou: a saúde mental.

   Poucas vezes vista como uma necessidade básica e repetidamente desvalorizada nos âmbitos políticos e sociais, a arte desabrocha neste contexto de confinamento como um respiro.

   Responsável por melhorar estados emocionais em dias sombrios, a arte partilha emoções e colabora, de forma catártica, com o mergulho em diferentes sensações, que permitem viajar pela ficção, tornando a realidade fugidia.

   A solitude pandêmica trouxe o ócio aos dias difíceis que foram pouco a pouco ocupados com home-office, aula online e atividades caseiras. Mas como ditam os Titãs: “A gente não quer só comida, a gente quer comida, diversão e arte”.

   Apesar do recurso existir há mais de uma década no YouTube, foi em 2020 que se popularizou, encontrando mercado principalmente no Brasil.

   Em levantamento realizado pelo Google, calculou-se que até o meio do ano mais de 85 milhões de brasileiros já tinham assistido Lives musicais no YouTube, aderência que contribuiu com a colocação de artistas nacionais no Ranking Mundial das Lives mais assistidas.

   Entre as transmissões de maiores sucessos, destacam-se: Marília Mendonça (3,31 milhões em 8 de abril e 2,21 milhões em 9 de maio), Jorge & Mateus ( 3,24 milhões em 4 de abril), Gusttavo Lima ( 2,77 milhões em 11 de abril),Sandy & Júnior (2,55 milhões em 21 de abril), Leonardo (2,52 milhões em 1 maio), Henrique & Juliano ( 2,06 milhões em 19 de abril)Bruno e Marrone ( 2,05 milhões em 16 de maio). Já dentre os artistas internacionais que tiveram grande audiência em lives, destacaram-se o italiano Andrea Bocelli ( 2,86 milhões em 12 de abril) e a banda pop sul-coreana BTS ( 2,31 milhões em 8 de abril).

 

Para além das grandes audiências dos shows de famosos, o recurso das lives contribuiu com a retomada da programação artística em novos formatos, promovendo entretenimento virtual

 

   Vinícius de Moraes bem dizia que "a vida é a arte do encontro, embora haja tanto desencontro pela vida", então, mesmo em tempos de isolamento, é natural à maioria dos seres humanos a busca pela conexão, seja consigo ou com o outro. Nesse contexto, surge o boom das lives que tiveram ápice nos primeiros meses de pandemia, em formato de shows, palestras, debates e aulas Fitness ou de temas variados.

   Em meio a esse cardápio de variedades online, muitos artistas encontraram nas redes sociais a possibilidade de divulgar seu trabalho, possibilitando o aumento do alcance da conta e o engajamento dos seguidores ou apenas com o intuito de colorir as redes sociais com arte e cultura.

   Nessa teia de relações e possibilidades, o site internacional Business Insider aponta que no uso do recurso das lives o Instagram registrou um crescimento de 70% ao longo desse ano.

   Fazendo uso do recurso da Live no Instagram, a Biblioteca Central do Campus do Pici da UFC também aderiu ao contexto digital e promoveu conexões, realizando projetos como o Afinações Acústicas, que realiza uma live musical, mesclando apresentação artística a um bate-papo sobre a trajetória do artista.

 

Que tal conhecer os artístas que passaram pelo projeto e se conectar a novas sonoridades? Como ponderou Leonardo Da Vinci: "A arte diz o indizível; exprime o inexprimível, traduz o intraduzível."

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